Imunidade baixa: o que é, sintomas e como tratar

imunidade baixa

O que é imunidade baixa?

Quando ocorre a baixa imunidade no corpo, quer dizer que o organismo está com dificuldades de combater algum microorganismo invasor. O corpo produz defesas, mas elas são insuficientes para eliminar o agente invasor.

Agora, precisamos pontuar o que é a imunidade: faz parte do sistema imunológico do nosso corpo, capaz de defendê-lo de algum agente invasor, sejam vírus, bactérias, fungos e outras ameaças como células de câncer.

Existem três principais tipos de imunidade: a inata (que nos acompanha desde o nascimento), adquirida (quando o corpo adquire defesas após ser exposto aos vírus e bactérias) e a passiva (quando recebemos os anticorpos prontos para combater determinada ameaça).

Portanto, quando há um invasor no organismo, o sistema imunológico dá início a um processo de defesa a partir da liberação e produção de células e age em conjunto com os órgãos que irão combater e aniquilar a ameaça.

Quais os sintomas da imunidade baixa?

Cada organismo apresenta sintomas de baixa imunidade diferentes, dependendo do histórico de saúde, idade, rotina alimentar e doenças pré-existentes. Vamos conhecer agora os principais sintomas de que a sua imunidade está baixa:

  1. Cansaço frequente e baixa energia
  2. Gripe que demora a passar
  3. Resfriados, alergias recorrentes
  4. Queda de cabelo
  5. Herpes na boca
  6. Estomatite
  7. Amigdalite
  8. Unhas fracas
  9. Manchas na pele
  10. Olhos secos
  11. Enxaqueca
  12. Calafrios e febre
  13. Estresse
  14. Pele sensível que se fere facilmente e demora a cicatrizar
  15. Constipação intestinal ou diarreia recorrente
  16. Alergias de pele

O intestino tem relação com a imunidade baixa?

É ele que absorve os nutrientes e digere os alimentos, mas também há grande parte de células imunes e mucosas responsáveis pela defesa presentes. Portanto, quando a imunidade está comprometida, o intestino é um dos órgãos que manifesta os sintomas do problema de forma recorrente ou contínua.

Ao perceber qualquer um desses sintomas no corpo, não deixe de procurar um médico para que, mediante a avaliação clínica, o profissional solicite os exames e conduza o processo e tratamento caso a baixa imunidade seja comprovada.

Existe tratamento para a baixa imunidade?

Como mencionamos anteriormente, o médico é o profissional capaz de interpretar e analisar a situação do paciente. Quando a baixa imunidade é atestada (células de defesa em baixa no organismo), então inicia-se o tratamento direcionado para cada pessoa, incluindo:

  • Mudança de hábitos alimentares
  • Melhora do sono
  • Prática de exercícios físicos
  • Deixar de lado, hábitos que prejudicam o corpo, por exemplo, fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso
corrida

Quando a pessoa começa a entender o funcionamento do seu corpo e os momentos em que há menor ou maior nível de energia, então será mais fácil direcionar uma sugestão de alimentação que vá de encontro à necessidade do paciente.

A baixa imunidade pode ser tratada com medicamentos?

Sim, mas depende de cada caso. Os medicamentos são utilizados para atacar a infecção ou inflamação que possa ter desencadeado um episódio recorrente de doenças no corpo.

Nesse sentido, é preciso tratar o organismo invasor primeiro, repondo também a flora intestinal (que se afeta por conta do uso de antibióticos e outros medicamentos) para ele continuar trabalhando e renovando as suas defesas, evitando novas infecções no futuro.

Em seguida, o médico pode sentir a necessidade de suplementar o paciente com medicamentos ricos em lactobacilos, microorganismos que fazem bem à saúde e principalmente para aumentar a imunidade como um todo.

Pandemia e imunidade baixa

Quando a pandemia do coronavírus se manifestou em 2020, as pessoas passaram a focar e a procurar soluções para aumentar a imunidade, seja em suplementos vitamínicos ou melhorar a alimentação no dia a dia.

Isso de fato ajuda e muito a fortalecer o sistema imunológico e assim o corpo combate qualquer ameaça que surgir.

Primeira coisa que precisamos pensar é: quando a imunidade da pessoa está em dia, ela precisa manter a rotina de proteção de si mesma e das que estão ao seu redor, por exemplo:

  • Continuar a praticar exercícios físicos, seja em casa ou em lugares seguros para a saúde
  • Uso de máscaras, trocando-as com frequência
  • Utilizar o álcool em gel para desinfetar as mãos e superfícies onde tocamos com frequência
  • Evitar ficar em ambientes com grande número de pessoas por muito tempo

Além disso, muito se tem falado sobre as variações do coronavírus, ameaças igualmente perigosas. Mas, com as informações e atitudes certas, é possível se proteger e manter a saúde e evitar a disseminação dos vírus.

Evite ser uma daquelas pessoas que consomem muitas notícias negativas sobre o tema, estão o tempo todo ligadas nas redes sociais em busca de informações, isso gera ansiedade, estresse, angústia e desgaste mental desnecessário.

Tente praticar atividades de lazer prazerosas e que promovam sensações e sentimentos bons para a vida e rotina em família.

A baixa imunidade pode se complicar?

Sim, em alguns casos. Quando uma gripe ou resfriado evolui pode complicar com infecções mais sérias como

  • Otite
  • Sinusite
  • Bronquite
  • Pneumonia
  • Outras infecções invasivas
sinusite

Nesses casos, o médico que está tratando o caso vai direcionar os medicamentos adequados para combater a ameaça e assim reverter o quadro de imunidade baixa. Algumas doenças autoimunes e crônicas também costumam afetar a imunidade, tais como o lúpus e a tireoidite de Hashimoto.

Alimentos que aumentam a imunidade para cada faixa etária

Agora sim, falaremos o que você precisa consumir no dia a dia para aumentar e combater a baixa imunidade de forma prática. Além disso, é muito importante manter a ingestão diária de água e alimentos que contenham líquidos, como a melancia, laranja, o melão, etc. Vamos lá?

Bebês e crianças

Nos bebês, a melhor forma de manter a imunidade deles é através da amamentação (por até dois anos ou mais) ou de suplementos específicos recomendados por um pediatra. Ela não só alimenta o bebê, como também estimula a produção de células de defesa através do que ele está recebendo diariamente.

Nas crianças que já estão na introdução alimentar, o pediatra também precisa direcionar uma alimentação balanceada e rica em:

  • Proteínas: carnes vermelhas e brancas, ovos
  • Leites fermentados, iogurtes
  • Introduzir na alimentação sempre que possível: castanhas, amêndoas, aveia e cereais
  • Frutas: banana, maçã, laranja, acerola, morango, mamão, etc
  • Vegetais: brócolis, cenoura, abóbora, tomate, folhas verdes como a couve, a rúcula, etc

Quanto mais cedo a criança se acostumar a ingerir esses alimentos, melhor será a sua imunidade e saúde como um todo.

alimentos para imunidade baixa

Adolescentes e jovens

Os adolescentes e jovens estão desenvolvendo e amadurecendo todo o corpo, por isso, precisam investir em alimentos que combatem a baixa imunidade:

  • Frutas: maçã, banana, abacaxi, melancia, etc
  • Legumes, verduras e folhas verdes: cenoura, pepino, tomate, alface, couve e agrião
  • Evitar ou diminuir o consumo de alimentos doces, refrigerantes e comidas industrializadas
  • Proteínas: presente nas carnes e no ovo

Com os hormônios em alta nessa fase, eles precisam evitar a ingestão de alimentos gordurosos, pois eles tampam os poros e favorecem o aparecimento de acnes e cravos. Com a facilidade das comidas fast-food, almoçar batatas fritas e hambúrguer é mais rápido do que cozinhar uma boa comida saudável.

Adultos

Em cada fase da vida, é muito importante observar o que estamos ingerindo, bem como as escolhas que estamos fazendo. Na fase adulta, o corpo pede basicamente os mesmos nutrientes que mencionamos anteriormente, porém, o que muda são as porções de cada alimento.

  • Nos cereais, é preferível os integrais, bem como: a lentilha, a aveia, o trigo, feijão e as nozes.
  • Verduras e legumes: milho, quiabo, inhame, brócolis, couve-flor, espinafre, etc, pelo menos cinco porções por dia
  • Ingerir pouco açúcar, o equivalente a 50g por dia, para um consumo calórico de até 2.000 calorias
  • Ingestão de menos de 30% de gorduras, como as que estão presentes no abacate, no peixe, azeite, nas nozes etc
  • No preparo dos alimentos, dê preferência ao sal iodado e com menos sódio

Idosos

Nessa fase, o corpo precisa consumir alimentos que aceleram o metabolismo e reforcem a imunidade, que tende a ficar mais lento e frágil. Vamos conferir os alimentos certos para essa fase:

  • Consumir feijão diariamente: por ser rico em fibra, ele dá saciedade e fornece vitaminas e proteínas
  • Dar preferência aos alimentos bem cozidos
  • A perda da massa magra é comum em idosos, assim, ingerir ovos, carne e alimentos que ajudem a sustentar os músculos
  • Deve-se evitar ingerir líquidos muito doces, como o café, suco, chá, é preferível usar adoçantes ou açúcares light, o xilitol, etc.
  • Legumes, verduras e frutas devem ser ingeridos diariamente em pelo menos cinco porções
  • O mamão, a beterraba e a linhaça, por exemplo, são alimentos que ajudam a regularizar o trato intestinal, evitando a constipação e prisão de ventre

A imunidade baixa é possível sim, ser tratada a partir do consumo dos alimentos certos para manter a saúde em dia em qualquer fase da vida.

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Dr André Aguiar
Dr André Aguiar

O Dr Andre Aguiar Gauderer é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 2004 e fez residência em Otorrinolaringologia pela UFRJ. Fez Pós-Graduação em Alergia e Imunologia pela UFRJ e estagiou no serviço de Alergia e Imunologia da Uni Rio. Atualmente é chefe do Serviço de Alergia da Policlínica de Botafogo no Rio de Janeiro. É membro da IAPO, Interamerican Association of Pediatric Otorhinolaryngology, membro da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia, membro da Sociedade de Otorrinolaringologia do estado do Rio de Janeiro, membro do Colégio Americano de Alergia e Imunologia e membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia.

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